“A educação em Macaé está num caminho muito bacana”

“A educação em Macaé está num caminho muito bacana”

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A pandemia do coronavírus nos mostrou que existe um herói em cada sala de aula. Profissionais da Educação foram obrigados a se reinventar e transformar as telas de computador (ou do smartphone) nos novos quadros negros. Nenhuma barreira, porém , foi suficiente para tirar daqueles profissionais o amor pelo magistério.

Para encerrar a semana em que comemoramos os professores, o Portal Macaé Notícias entrevistou duas profissionais que encaram o magistério como uma vocação divina. A primeira delas, Maria Aparecida Garcia de Souza, a Tia Cida, leciona há 26 anos e atua na rede pública de Macaé há uma década.

Tia Cida: A educação é um processo de afeto.

Tia Cida não se intimida em descrever as dificuldades que sentiu nos primeiros momentos da pandemia, quando o ensino remoto foi

instituído: “Sei que a tecnologia é uma ferramenta indispensável nos dias de hoje, mas nada substitui o professor na sala de aula. O processo de educação é um processo de interação, de afeto, de aceitação do outro. O contato físico, o abraçar e o beijar fazem parte da nossa rotina.”

Professora da Escola Municipal Professor Antônio Alvarez Parada, na Imbetiba, Tia Cida é responsável pela educação de 30 alunos dos ensinos Fundamental 1 e 2. “Ainda que o ensino remoto nunca tenha feito parte da nossa rotina, estamos sempre dispostos a nos superar para atender aos nossos alunos”, diz orgulhosa dos aprendizados que a nova rotina impõe.

O mesmo sentimento de orgulho pode ser sentido na fala da professora Diullia Graziela de Souza Soares, com 12 anos de magistério e há sete atuando na rede pública de Macaé. Esta semana ela participou do I Encontro Nacional Movimentos Docentes para relatar a experiência que tem vivido junto aos seus 18 alunos de Maternal II, na Escola Municipal de Educação Infantil Wanderley Quintino Teixeira, no bairro Malvinas.

O trabalho “Atuação Docente em Tempos de Pandemia: um relato de experiência sobre a interatividade e construção do conhecimento de crianças bem pequenas através das TDIC’s”, desenvolvido em parceria com a professora orientadora Leone Rangel, fala sobre as ações pedagógicas desenvolvidas com os seus alunos.

Ela conta que o grande incentivo para desenvolver o trabalho acadêmico foi “relatar o que temos vivido, porque ao mesmo tempo em que é algo simples, também é algo grandioso, pois temos aprendido muitas coisas boas em tempos tão caóticos”.

Tia Diullia: Temos aprendido muitas coisas boas em tempos tão caóticos.

Tia Diullia lembra que a última vez que teve contato físico com os alunos foi no dia 13 de março deste ano: “Uma das minhas primeiras ações foi estabelecer uma parceria com os familiares das crianças, para que meu trabalho pudesse evoluir. Hoje, faço parte da rotina diária deles, conheço todos pelos nomes”.

A professora não poupa palavras para ressaltar as iniciativas tomadas pela secretaria de Educação de Macaé, “e que têm facilitado nosso trabalho. Não são todos os município que têm uma subsecretaria de Educação Infantil com profissionais tão empenhados  com nossas questões diárias”.

Foi com uma certa surpresa que Diullia recebeu toda a repercussão em torno do trabalho acadêmico que produziu: “fiquei muito feliz pela forma como meu trabalho foi recebido. É um pequeno passo, mas um passo de gratidão  pelo que temos vivido e, principalmente, mostrar que a educação em Macaé está num caminho muito bacana”, finaliza.

 

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