Portador de leucemia rara, menino macaense precisa encontrar doador para transplante de medula

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Aos seis anos, o pequeno Lucas está começando a enfrentar a maior batalha de todas: a luta por sua vida. Em menos de um mês, a rotina de brincadeiras do menino macaense se transformou ao ser diagnosticado com Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMMJ), um tipo raro de câncer infantil cujo tratamento é o transplante de medula óssea. Seus pais, Davidson e Vanessa Naves, estão em corrida contra o tempo em busca de um doador.

Aluno do Colégio Ativo, Lucas está internado no Rio de Janeiro. Seu quadro, apesar de grave, está mais estabilizado desde que começou a quimioterapia, tratamento que é apenas paliativo para este tipo de leucemia. De Macaé, amigos e familiares estão tentando conseguir possíveis doadores, só que a pandemia e o isolamento social estão dificultando a busca. No estado do Rio, a coleta das amostras de sangue para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) é feita no Instituto Nacional do Câncer (Inca) e no Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro.

A família está gerenciando o perfil do Instagram @lucascontraleucemia para tentar encontrar possíveis doadores e aumentar as chances de Lucas.

– Algumas pessoas chegaram a fazer uma lista no WhatsApp para ajudar o Lucas, colhendo assinaturas virtuais para trazer uma equipe do Hemorio para colher amostras de sangue em Macaé, mas já nos informamos que isso não será possível no momento por conta da pandemia, explicou Felipe Faria, amigo da família.

Leucemia de Lucas é uma das mais raras

De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, a doença de Lucas – a LMMJ – é bastante rara, pois não é nem aguda e nem crônica. Ela corresponde entre 2% e 3% de todas as leucemias em crianças, e em cerca de 95% dos casos, apresenta-se abaixo dos dois anos de idade.

Seu desenvolvimento é agressivo e os sintomas podem incluir palidez, febre, tosse, dificuldade para respirar, lesões de pele, sangramentos e aumento do baço e do fígado. Atualmente, o único tratamento que possibilita a cura ao paciente é o transplante de medula óssea. Não há nenhum esquema de quimioterapia próprio para este tipo de leucemia.

Como ser um possível doador

Atualmente, a chance de um paciente que necessite de transplante de medula óssea encontrar um doador compatível que não seja parente é de mais de 90%. O Redome é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo.
A inclusão no cadastro do Redome é simples.

O voluntário assina um termo de consentimento livre e preenche uma ficha com informações pessoais. É retirada uma pequena quantidade de sangue (10ml) do candidato a doador. O sangue é analisado para identificar características genéticas que vão ser cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade.

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

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