Morte de menino por raiva dispara alerta em todo o estado

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A morte de um adolescente de 14 anos, morador da zona rural de Angra dos Reis, por raiva humana disparou alerta da Secretaria Estadual de Saúde para todos os 92 municípios fluminenses. A secretaria informou ainda que uma campanha de vacinação antirrábica deverá ter início até o mês de novembro.

O alerta informa sobre os protocolos de segurança e a importância em capacitar as equipes de vigilância sanitária dos municípios sobre a doença. A raiva humana não causava vítimas fatais desde 2006, quando foi registrado um caso em São José do Vale do Rio Preto (RJ). Na capital fluminense, não são registrados casos desde 1986.

O adolescente morreu no dia 30 de março, dez dias após a confirmação da doença. A mordida do morcego ocorreu no fim de janeiro, quando o menino encontrou o animal no chão e o chutou.  Segundo informações da prefeitura de Angra dos Reis, o adolescente foi atendido inicialmente no Hospital da Japuíba, onde recebeu soroterapia. No entanto, embora orientado, ele não retornou à unidade para fazer as doses de vacinas indicadas.

Os primeiros sintomas apareceram em 22 de fevereiro, mas a internação só se deu no dia 7 de março, quando o adolescente foi levado de novo ao hospital por apresentar paralisia nas pernas. Cinco dias depois, já com suspeita de raiva humana, o jovem foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG/UFRJ), no Rio de Janeiro, mas não resistiu.

O documento “Alerta Raiva 001/2020 – Medidas de Prevenção da Raiva Humana Dirigidas à População do Estado do Rio de Janeiro” diz que “o vírus da raiva continua presente no estado, causando a doença em número significativo de bovinos e equinos, que são infectados por morcegos hematófagos. O morcego, no momento, vem sendo fator de grande preocupação, já que ações antropogênicas levaram a alterações no ecossistema, e à urbanização desta espécie, inclusive”.

A manifestação da doença acontece em fases, começa com sintomas comuns como aumento da temperatura, cefaleia e acaba provocando aumento da saliva, dor de garganta, alterações no comportamento, depressão, fobia para beber líquido, dificuldade em se manter em áreas com muita luz e falta de ar.

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