Estudo realizado por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas revelou que o auxílio emergencial de R$ 600 foi responsável por aumentar em 156% a renda média dos trabalhadores com baixo nível de escolaridade. Ao considerar todos os trabalhadores, o ganho médio foi de 24%. A diferença se dá pelas desigualdades salariais aplicadas aos diversos níveis de escolaridade.
A pesquisa revelou ainda que os efeitos do auxílio emergencial variam conforme o tipo de trabalho, região e nível de escolaridade dos beneficiados: entre onze dos 36 tipos de trabalhos citados pelo estudo, o aumento de renda foi superior a 40%. Os estados das regiões Norte e Nordeste aparecem na liderança de alta percentual da renda. Em Alagoas, a alta chegou a 132% da renda mensal no período anterior ao início da pandemia. Entre os trabalhadores com ensino médio incompleto, o ganho foi de 111%.
Segundo o estudo, os trabalhadores informais tiveram aumento da renda mensal equivalente a 50%. Para Lauro Gonzalez, um dos pesquisadores que assinam o estudo, “o efeito é tão maior quanto menor for a renda. E como essa renda tem correlação negativa com escolaridade, informalidade e as questões ligadas às desigualdades regionais, isso explica esse efeito maior do auxílio para esses recortes”.
O estudo foi feito pelos pesquisadores Lauro Gonzalez e Bruno Barreira, do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV. Foram utilizados os dados coletados dos beneficiários pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em junho pelo IBGE.
Deixe seu comentário