Inclusão: desafio maior para as pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla

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A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla – celebrada até a última sexta-feira, dia 28 – trouxe à tona o tema “Protagonismo Empodera e Concretiza a Inclusão Social”. A semana foi instituída em 1964 com o objetivo de fazer a sociedade enxergar o “normal” antes de enxergar o deficiente.

Para a fisioterapeuta psicomotricista Luciana Berto, é através da informação que a população pode extinguir o preconceito e a discriminação. Mãe e empreendedora do segmento infantil, na Facilitoy, Isabel Tunas, disse que é importante frisar a necessidade que a sociedade, travestida de tantas formas de preconceito e de segregação, tenha um olhar humanizado em relação às pessoas com deficiência.

– Todos somos seres humanos únicos, com desafios a serem superados e potenciais a serem desenvolvidos. É meu papel como mãe, empoderar as minhas filhas, independentemente de como elas são, prestando mais atenção em cada ação, disse Isabel, mãe da Alice (4) e Marina (2).

Para Luciana Berto, as famílias precisam ser escutadas e acolhidas, para que as suas necessidades ganhem voz:

– Apesar das deficiências Intelectual e Múltipla apresentarem características gerais, cada indivíduo é único. Logo, o que funciona para um, pode não funcionar para o outro. Precisamos olhar para cada família, para cada pessoa com deficiência e entender o que funciona para ela, qual a sua demanda. E acima de qualquer coisa, acreditar na capacidade que cada indivíduo tem, acreditar no seu potencial. Precisamos validar e favorecer esse potencial para que ele possa desenvolver, explicou a profissional.

A diferença entre Deficiência Intelectual (DI) e Deficiência Múltipla (DM)

A DI é um transtorno neurológico, que reflete no funcionamento intelectual, com limitações significativas nas áreas de comunicação, relações, estudos, trabalhos e até na segurança e lazer. A DM é a associação de duas ou mais deficiências (Física, Auditiva, Visual, Intelectual) no mesmo indivíduo, que podem gerar atraso no desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.

A pessoa com DI apresenta dificuldades em aprender, entender e realizar atividades que muitas vezes são comuns e simples para outras pessoas. É diagnosticada após os 5 anos de idade, quando é possível mensurar a inteligência por meio do teste de QI.

A especialista Luciana ressalta que, dentre as pessoas com deficiências, aquelas com deficiência intelectual são as que mais sofrem com a discriminação. Outras deficiências têm a possibilidade de adaptação de ambientes e materiais pedagógicos, a exemplo do Braile para deficientes visuais, Libras para deficientes auditivos, acessibilidade arquitetônica para deficientes físicos, porém o deficiente intelectual depende da atitude do outro para conseguir interagir.

– A necessidade da conscientização é para conquistar políticas públicas inclusivas, que passam pela mobilização da sociedade. A verdadeira inclusão acontece quando os deficientes se sentem contribuintes na coletividade, de alguma forma e para isso, há de se ter o incentivo no meio de convívio, exercício da autonomia e da cidadania, enfatizou.

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