O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) rejeitou ontem (4) a proposta apresentada pelas centrais sindicais para o aumento da quantidade de parcelas do seguro-desemprego. A proposta não contou com os votos de representantes dos empregadores e do governo.
O colegiado do Codefat tem 18 integrantes indicados por trabalhadores, empresas e governos. Cada categoria tem seis acentos no conselho. Os seis votos dos representantes dos trabalhadores não foram suficientes para aprovar a ampliação do seguro-desemprego. Os pagamentos adicionais, segundo as centrais sindicais, atenderiam cerca de 2,7 milhões de trabalhadores que estão desempregados e sem acesso a outros programas sociais.
Em suas alegações, as entidades defenderam que a crise no mercado de trabalho já dura mais de seis meses, enquanto o número médio de parcelas do seguro-desemprego está em quatro. Assim, quem foi dispensado no início da crise pode já estar sem o benefício e, ao mesmo tempo, sem poder solicitar o auxílio emergencial, uma vez que o cadastro foi finalizado em julho.
O custo de cada parcela extra do seguro-desemprego custaria, segundo cálculos da equipe econômica do governo, cerca de R$ 8,35 bilhões, totalizando uma despesa extra de R$ 16,7 bilhões para a União.
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