Petrobras quer manter metade da equipe administrativa em home office permanente

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A Petrobras decidiu manter cerca da metade de sua equipe administrativa trabalhando em casa permanentemente,  em um dos exemplos mais fortes até agora de como a pandemia fez empresas repensarem o conceito de escritório. A informação foi divulgada hoje pela agência Reuters, após questionamentos à empresa. Desde março, a petroleira mandou para casa até 90% de seus 21 mil funcionários da área administrativa, de forma a conter a disseminação do novo coronavírus.

A experiência se mostrou bem sucedida em termos de produtividade e revelou oportunidades para economia de custos com espaço de escritório. O modelo a ser oferecido a funcionários está em discussão, assim como sua data de implementação. O programa da Petrobras no momento não contempla pessoal operacional, como técnicos de plataformas e de refinaria.

A companhia disse que a migração para trabalho remoto será opcional, com meta de atingir mais de 10 mil funcionários da área administrativa. A Petrobras espera alta adesão devido à demanda dos próprios trabalhadores. Por enquanto, a estatal manterá a equipe em número mínimo para conter a propagação do vírus.

A Petrobras já discutiu com gerentes a possibilidade de retorno parcial de funcionários aos escritórios. Mas ainda não há data prevista para retornar à sede, disse a empresa.Trabalhadores de pelo menos dois departamentos estão discutindo um possível sistema de rotação entre os funcionários, no qual eles passam uma semana no escritório e uma semana em casa.

A Petrobras disse que rotação de funcionários está entre as opções estudadas para um retorno gradual. Embora a decisão esteja tomada, a empresa ainda estuda diferentes modelos para mover quase um quinto de seus 46,4 mil funcionários para o trabalho remoto.

A ideia já foi ventilada também na subsidiária de transporte Transpetro. A medida deve ser aplicada prioritariamente operações da Petrobras no Brasil, já que boa parte do efetivo no exterior é operacional.  Uma das possibilidades na mesa seria a criação de escritórios inteligentes, ou “smart offices”, com mesas compartilhadas e salas de reunião que seriam reservadas por empregados para uso temporário, por demanda. Desta forma, funcionários que optarem por trabalhar de casa poderiam ir ao escritório esporadicamente de acordo com sua necessidade, sem ociosidade do espaço de trabalho.

Fonte:Reuters

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