Ciclismo: a nova febre esportiva em Macaé

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A bicicleta sempre esteve presente no dia a dia de Macaé, mas neste ano de 2020 é quase impossível sair na rua e não ver um grupo de amigos pedalando. Desde o início da pandemia de Covid-19, a cidade – que hoje tem cerca de 30 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas – está vendo o ciclismo esportivo crescer a cada dia. Por quase todos os bairros, grupos de ciclistas se aventuram, descobrindo novas paisagens e encontrando na bicicleta a sua nova melhor amiga.

São pessoas como a profissional de Recursos Humanos Chris Nielsen, de 39 anos, que com o fechamento das academias em março, encontrou na velha bicicleta uma forma divertida de se exercitar.

– Minha história com a bicicleta é bem antiga. Desde criança sempre gostei de pedalar. Quando cheguei na adolescência, andava a cidade toda pra cima e pra baixo de bicicleta. Depois devido ao trabalho e estudos fiquei sem bicicleta durante muitos anos. Há quatro anos atrás comprei uma bicicleta praiana apenas para ir para o trabalho, conta Chris.

Adapta da atividade física, ela começou a pedalar na praia no início da pandemia. Os amigos chamaram para fazer trilhas, e Chris relata que foi “tomando gosto”. Hoje, quase seis meses depois, ela dá dicas de ciclismo na sua conta no Instagram. Aos sábados, pedala pelo menos 100 quilômetros.

– Saio sem destino pelo simples prazer de conhecer novos lugares e fazer novos amigos. Normalmente as melhores coisas da nossa vida acontecem de forma inesperada. E foi exatamente assim que caí de paraquedas no mundo das bikes. Espero que esse esporte fique para sempre na minha vida, comenta.
Entre as dicas para quem quer começar a pedalar estão principalmente a atenção nas vias púbicas. “Temos que usar equipamento de segurança, principalmente o capacete. O pior para mim é a violência no trânsito, a falta de respeito. Muitas vezes precisei subir na calçada para não correr o risco de ser atropelada”, diz Chris.

Fora isso, pedalar só traz benefícios: melhora o condicionamento físico, ajuda a combater o estresse e previne doenças como diabetes, hipertensão e depressão, além de ajudar no processo de emagrecimento.

Vendas de bikes aumentam em todo o país

O otimismo em relação ao uso maciço da bicicleta na reabertura das cidades brasileiras durante a pandemia do novo coronavírus se refletiu nos números de maio. A Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) registrou aumento de 50% nas vendas de maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento aponta ainda que bicicletas para uso na cidade impulsionaram este crescimento das vendas no país. Elas custam entre R$ 800 e R$ 3 mil.

“O que se pode concluir deste levantamento é que a pandemia e o processo de saída dela estão oportunizando, ao mercado de bicicletas, acesso a um público novo, que está buscando uma nova forma de se locomover. Tanto para fugir das aglomerações no transporte público quanto do alto custo e do estresse de se deslocar de carro”, disse Giancarlo Clini, presidente da Aliança Bike, que conta com mais de 80 associados, entre fabricantes, montadores, importadores, distribuidores e lojistas.

 

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