Ao que tudo indica, o retorno às aulas presenciais no município de Macaé só se dará em 2021. Esta é a opinião do vereador e presidente da Comissão de Educação na Câmara Municipal, Guto Garcia, que vem se declarando contrário à retomada: “Não volta esse ano, a princípio. Quem decidirá é o prefeito Dr. Aluízio, junto com a Secretaria de Saúde. Mas, em minha opinião, não deveria voltar esse ano. Dificilmente esse retorno acontecerá”.
A decisão tem por objetivo resguardar a segurança dos 42 mil alunos matriculados na rede pública de ensino e outros 13 mil, na rede privada até o ensino médio, além dos 15 mil universitários e todos os profissionais que trabalham no setor da Educação.
Isto porque o retorno às aulas requer uma série de cuidados e desafios. Recentemente, a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicou um estudo em que afirma que, embora crianças e adolescentes raramente apresentem quadros graves de Covid-19, eles podem ser grandes transmissores da doença, contaminando professores e familiares, ainda que estando assintomáticos ou com poucos sintomas.
Outro estudo, chamado Inquérito Sorológico e realizado pela prefeitura de São Paulo, revela que crianças e jovens entre 4 e 14 anos são mais assintomáticos do que os adultos. Enquanto 40% dos adultos não apresentaram sintomas, entre crianças e jovens daquela faixa etária a taxa foi 65%, o que aumenta o risco de um foco de contaminação indetectável com o retorno às aulas presenciais.
O governo do estado do Rio publicou, recentemente, um decreto determinando o retorno às aulas presenciais, na rede pública, para outubro próximo. O decreto tem caráter de recomendação e reforça que “os municípios têm autonomia para manter suas determinações e regras”.
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